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Um pouco mais do Palácio Quitandinha

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Palácio Quitandinha - Petrópolis

          Fomos conhecer o Palácio Quitandinha, em Petrópolis, e nos encantar por ele, assim como aconteceu com Zélia Gattai e Jorge Amado na década de 1950. A autora contou em seu livro de memórias Chão de Meninos (1992) como conheceram e adquiriram o apartamento no Quitandinha com detalhes que resgatam a história do auge e decadência do hotel-cassino após a proibição do jogo no Brasil, assim como contamos aqui. Leia os trechos do livro:

Capa do livro

Apartamento no Hotel Quitandinha

      Quem nos deu a pista e nos entusiasmou a comprar um apartamento no Hotel Quitandinha foi nossa amiga Glorinha, viúva do escritor Cordeiro de Andrade, amigo de juventude de Jorge. Pessoa de grande energia, risada franca e contagiante, Glorinha possuía um agudo tino comercial. Estava sempre às voltas com negócios, comprava e vendia, sabia onde pisava. Pois foi Glorinha quem descobriu os tais apartamentos à venda. Ela mesma comprara um por preço surpreendentemente baixo.
    O Hotel Quitandinha, em Petrópolis, imenso, requintado, majestoso, preparado para hospedar marajás e magnatas, construído para ser o maior cassino da América do Sul, após a proibição do jogo no Brasil, ficara na pior, um elefante branco. Quem poderia manter aquele hotel gigantesco, sem a presença do jogo? Depois de muito tempo às moscas, os proprietários do hotel resolveram vender pequena parte de seus apartamentos a particulares.
    Havia ainda uma à venda e Glorinha, sabendo que Jorge procurava um recanto tranquilo para trabalhar, tratou de nos avisar correndo: "Lugar mais silencioso do que o Quitandinha não existe. Aquilo é um verdadeiro túmulo! Para Jorge trabalhar não há coisa melhor. Vão por mim! Não ganho um tostão nesse negócio!".
        Com Glorinha subimos a serra num domingo para ver a coisa de perto. Não havia dúvida, o apartamento era bonito, construção de primeira. Um dormitório apenas, pequeno porém com todo o conforto, mobília da melhor qualidade, um terraço fechado fazendo parte do apartamento e outro enorme, com cantoneiras de flores, à disposição dos proprietários daquela ala, tudo isso, inacreditável!, por uma bagatela, quinze mil cruzeiros, se não me falha a memória, talvez menos. Nessa mesma tarde de domingo, resolvemos comprá-lo.

Lua de mel no Quintandinha

      João Gilberto, o papa da Bossa Nova, estava noivo, trouxera Astrud, a noiva, para a conhecermos e dela ficamos igualmente amigos. (...)
        Eu quis saber onde seria a lua de mel, e eles ainda não sabiam. Sugerimos que fossem para o nosso apartamento em Quitandinha, lá teriam paz e privacidade. Nos vários finais de semana passados lá na serra, constatáramos que os raros hóspedes que perambulavam pelo hotel eram, na maioria, casais em lua de mel.
Astrud e João ficaram de pensar e até decidirem João nos deu vários telefonemas querendo saber detalhes sobre o apartamento e seu funcionamento. Chamava sempre a mim, não tinha coragem de incomodar Jorge com tais perguntas. Por fim, decidiram aceitar nosso convite, passariam a lua de mel em Quitandinha.
(...)

Glauber Rocha

      Nosso apartamento no Quitandinha serviu à lua de mel de vários casais amigos nossos. Astrud e João Gilberto iniciaram a série. Seguiu-se a lua de mel de Helena Ignez e Glauber Rocha. A lua de mel do cineasta e da atriz, apenas começou lá na serra. Glauber adoeceu e o casal voltou em seguida para o Rio. Continuaram nossos hóspedes no apartamento da Rodolfo Dantas e lá permaneceram até o restabelecimento de Glauber, ocupando nosso quarto e nossa cama, pois na ocasião Jorge se encontrava em viagem.
      Ainda dois casais ocuparam nosso apartamento no Quitandinha, em sua lua de mel: Sônia e Gilbert Chaves, arquiteto baiano que construiu nossa casa na Bahia, e o jornalista Mauritônio Meira e Ângela, que viriam a ser compadres de Jorge. (...)
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Saiba mais:

Ano novo, me surpreenda! - Martha Medeiros

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Feliz 2019

ANO NOVO, ME SURPREENDA!
Martha Medeiros

Ano-Novo é uma convenção. Os dias correm em sequência. De 31 de dezembro para 1º de janeiro ocorrerá apenas mais uma sucessão de 24 horas em que nada mudará, tudo seguirá do mesmo jeito. Pois é, sei disso, mas é um ponto de vista sem nenhuma alegria. Sou das que compram o pacote de Ano-Novo com tudo que ele traz em seu imaginário: balanço de vida, reafirmação de votos, desejos manifestos e esperança de uma etapa promissora pela frente.
Faço lista de projetos e tudo mais. Só que, quando chega o fim do ano e avalio o que consegui cumprir, descubro que o inesperado superou de longe o esperado. As melhores coisas do ano sempre foram aquelas que eu não previ. Então tomei uma decisão: nessa virada, não vou planejar coisa alguma e aguardar as resoluções que novo ano tomará para mim, à minha revelia.
Mas poderia dar algumas sugestões?
Ano Novo, anote aí: que as coisas mudem, mas não alterem meu estado de espírito. Não deixe que eu me torne uma pessoa ranzinza, mal-humorada, desconfiada, sem tolerância para as diferenças. Aconteça o que acontecer, que eu me mantenha aberta, leve e consciente de que tudo é provisório.
Não quero mais. Quero menos. Menos preocupações, menos culpa, menos racionalismo. Pode cortar os extras. Mantenha apenas o estritamente necessário para me manter atenta.
Está anotando?
Espero que você esteja com ótimos planos para sua amiga aqui. Lançarei livro novo? Permita que eu seja abusada: dois. Sendo que nenhuma coletânea de crônicas, nem romance. Me ajude a variar.
Que lugares conhecerei que ainda não conheço? Que pessoas entrarão na minha vida que, quando cruzo com elas na rua, ainda não as identifico? Que boas notícias ouvirei das minhas filhas? Quantos shows terei o prazer de assistir? Estou curiosa para saber o que você está aprontando para incrementar os meses que virão.
Prometo que estarei preparada para receber o abraço afetuoso de quem antes me esnobava, para a frustração por tudo o que for cancelado, para voltar atrás nas minhas teimosias, para me dedicar a algo que nunca fiz antes.
Estarei disposta a tirar de letra os espíritos de porco e assumir a responsabilidade pelas asneiras que eu mesma cometer. E estarei pronta também para uma grande surpresa, ou até duas. Três, meu coração não aguenta.
Se a dor me alcançar, que me encontre com energia e sabedoria para enfrentá-la. Que eu não me torne dura diante dos horrores, nem sentimentaloide diante das emoções. Ano Novo, os acontecimentos são da sua alçada. Da minha, cabe recepcioná-los com categoria.
Quais são seus planos para mim, afinal? Talvez nem todos sejam do meu agrado, portanto, que eu não tenha constrangimento em dizer “não, obrigada”, caso seja preciso. Mas que eu me sinta mais predisposta para o sim.
Se estamos de acordo, pode vir.
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Rediscovering Travel: a book from Seth Kugel

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Livro do autor do canal do youtube "Amigo Gringo"

         O livro 'Rediscovering Travel: a guide for the globally curious' (algo em português como 'Redescobrindo a viagem: um guia para os globalmente curiosos), lançado nos EUA em novembro/2018, tem como autor Seth Kugel, youtuber do canal 'Amigo Gringo', bem popular entre os brasileiros por ter como um dos principais temas de seus vídeos a cultura e os hábitos de nosso país. O jornalista americano deu uma entrevista à Revista Veja de 02-01-2019 discorrendo sobre a busca por experiências de viagem mais autênticas e menos comerciais, além de falar de micos de viagem e também do potencial turístico 'não aproveitado' do Brasil. Segue uma síntese de temas e opiniões bem interessantes:

Foto da entrevista na Revista Veja

* Turismo de experiência
Os viajantes estão perdendo a ousadia e o senso de aventura por conta da indústria que os trata como bebês e propõe que 'comprem experiências'. Uma experiência não pode ser vendida como um serviço ou um tour, é algo ocasional, sem planejamento que necessita que se esteja aberto ao inesperado.

* Experiência genuína do autor no Brasil
Por sugestão de um amigo belga, Seth Kugel embarcou em cruzeiro de quatro dias pelo Rio Amazonas desde a cidade de Tabatinga até Manaus, com  intuito de melhorar seu português. A dica era levar uma gramática e passar os dias na rede estudando que muita gente se ofereceria para lhe ensinar o idioma. Deu certo. O autor, judeu não-praticante, embarcou entre evangélicos semianalfabetos que lhe pediam que lesse a Bíblia para eles, além de ouvir histórias como a de uma menina de 15 anos que estava fugindo do marido violento. Para Kugel, aprende-se muito mais sobre o Brasil ouvindo essas histórias de vida que entre turistas em torno do Cristo Redentor. Na opinião do autor, a viagem pelo Rio Amazonas "é como um spa dos pobres. É tão relax porque não tem nada para fazer, mal existe sinal de celular. Uma vez a cada quatro dias você vai ver os botos-cor-de-rosa, e só."

* Dicas para uma viagem surpreendente e espontânea
- Trace planos para metade do tempo da viagem. Se for ficar dez dias na cidade, programe-se antecipadamente para apenas cinco deles.
- Se quiser conhecer as principais atrações, programe-se para fazer isso em dois dias, não nos dez.
- Converse o quanto for possível com os moradores locais, aqueles que você encontra na rua, no metrô, nos restaurantes...
- Procure economizar. Quanto menos se gasta, mais esforço há para inserir-se no destino. No lugar do tour contratado de dia inteiro, planeje seu roteiro na internet e use o transporte público local.
- Viajar pelo mundo procurando pelo bairro mais descolado da cidade com drinks a 15 dólares, não é experimentar a cultura local.
- Escolha destinos menos comuns. Saia das grandes capitais e vá para o interior. Nos EUA, por exemplo, há ótimas atrações além da Florida: os parques nacionais do oeste do país como Yellowstone e Yosemite ou a cultura de cidades como Nova Orleans (Louisiana), Savannah (Georgia) e Carolina do Sul.

* FOMO (Fear Of Missing Out)
O 'medo de perder alguma coisa' afeta o turista brasileiro que geralmente foca em destinos famosos. Se vai a Paris, se contenta em subir na Torre Eiffel, ver a Mona Lisa e postar fotos  nesses dois locais para os amigos verem. Uma foto diante da Mona Lisa é uma farsa, pois o visitante do Museu do Louvre não conseguirá um clique sem exibir parte das outras 50 mil pessoas que estão por lá, porém, as pessoas veem essa mentira e querem viajar a Paris para replicá-la.

* Como não ser um 'babaca' no exterior
- O  mundo é muito grande, por isso, saia da bolha que o limita a agir conforme as regras de comportamento a que se acostumou.
- Se cometeu uma gafe em algum momento, admita que cometeu um erro, peça desculpas e explique que é de outro lugar.
- Por exemplo, na França não tome banhos de mais de 3 minutos nem aborde alguém pedindo informações antes de um 'bonjour' ou palavra correspondente. Na China não se incomode com a curiosidade excessiva das pessoas, para os chineses é normal e não uma violação de 'sua' privacidade.

* Micos dos brasileiros no exterior
- Usar tênis coloridos e brilhantes de academia na rua.
- Usar o gesto 'joinha' que nos EUA é considerado brega.
- Tirar fotos com esquilos.
- Marcar e depois desmarcar um compromisso.
- A obsessão por compras. Não faz sentido ir a Nova Iorque apenas para comprar.

* O que atrapalha a competitividade brasileira no turismo
- A estrutura de transporte não ajuda. Nenhum turista sai de Nova Iorque e chega diretamente aos Lençóis Maranhenses.
- As maravilhas das cidades brasileiras não são bem divulgadas. Os turistas estrangeiros sabem da Amazônia e do carnaval no Rio de Janeiro, mas nunca ouviram falar nas cidades históricas de Minas Gerais.
- O nível de inglês (idioma internacional do turismo) na área de serviços é problemático. O autor exemplifica que se não falasse português não teria conseguido alugar um carro no Aeroporto de Guarulhos.
- A questão da segurança preocupa os turistas.

Texto baseado na entrevista de Seth Kugel, nas Páginas Amarelas da Revista Veja, 
edição 2615, de 02/01/2019
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Cervejaria Bohemia - Petrópolis

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Cervejaria Bohemia

         Você sabe qual é a capital da cerveja no Brasil? Não?! Nem eu! Mas sei de várias cidades que exibem o título. Segue uma listinha delas por ordem alfabética:
- Blumenau/SC -  capital nacional da cerveja
- Curitiba/PR - capital da cerveja artesanal
- Feliz/RS - capital estadual da cerveja artesanal
- Florianópolis/SC - capital da cerveja artesanal (projeto)
- Jacareí/SP - capital da cerveja
- Petrópolis/RJ -  capital estadual da cerveja
       E por aí vai... são muitas as cidades que querer o título de capital da bebida mais consumida no Brasil. Petrópolis é apenas uma delas, mas com um grande diferencial: é a terra natal da Bohemia e oferece um tour pelas instalações da cervejaria tão delicioso quanto a própria cerveja.
Cervejaria Bohemia
         O tour cervejeiro da Bohemia conta a história da cerveja desde os egípcios até chegar ao Brasil e se tornar a paixão nacional. São seis andares de exposições autoguiadas em alguns trechos e em outros com guias dando algumas explicações. Ah, você não gosta de história? Esqueça as aulas que teve na escola ou os guias repetitivos e ensaiados, ali é tudo muito interativo, colorido e diferenciado... monotonia zero durante o tour. Vá tranquilo.
           A exposição é extremamente bem cuidada tanto na curadoria quanto na conservação dos espaços e itens expostos. Um passeio imperdível, mesmo para quem não consome a bebida queridinha dos brasileiros. Todos os ambientes são climatizados e com iluminação pensada para valorizar os objetos.
Cervejaria Bohemia
            E sim!! Tem degustação!! O visitante já começa o tour com o copo na mão, saboreando, e durante a visitação degusta outros dois tipos de chope. É um tour sensorial não apenas por conta de seus sabores, todos os sentidos são acionados. Aqueles que já gostam da bebida se apaixonam ainda mais e, quem não é tão adepto, pode pensar na hipótese de experimentar. Além dos sabores marcantes dos chopes oferecidos, encante seus olhos com as lindas imagens, sinta o aroma marcante do lúpulo, ouça as histórias que os guias têm a contar e descubra a textura de diversos cereais utilizados na produção de cerveja. Numa mesa tátil e interativa você responde questões sobre suas preferências de paladar para chegar à indicação da cerveja ideal.
Cervejaria Bohemia
          A interatividade da visita também está nos microscópios disponíveis para se ver as leveduras, no brasão digital para montar e enviar para seu e-mail (o meu não chegou) e no rótulo personalizado com o nome escolhido. Eu fiz o meu com o nome do blog 'De Turista a Viajante'. O totem onde se personaliza o rótulo fica bem na entrada da loja, onde o tour termina, e esse espaço pode ser acessado mesmo por quem não está fazendo o tour. Também é possível ir para o bar (que fica de frente para a rua) ou para o restaurante (no segundo andar), sem passar pelo tour completo.
Cervejaria Bohemia
          O valor da entrada é R$39 (inteira), o que faz muita gente parar para pensar se vale mesmo a pena investir esse valor. Sim, vale! É um dos melhores passeios a se fazer em Petrópolis. 'Ah, mas o Beer Tour da Itaipavaé gratuito'. São totalmente diferentes, tanto que não há parâmetros para compará-los. Faça os dois. O tour da cervejaria Itaipava tem como objetivo apresentar a fábrica e o processo de produção da cerveja que chega até o consumidor (veja aqui). O tour da Bohemia é mais histórico e artístico, um grande museu dedicado à produção da cerveja ontem e hoje, no Brasil e no mundo, além da história da própria cervejaria Bohemia - a primeira cerveja do Brasil - que começa em 1853.
Cervejaria Bohemia
       Em 1998, a fábrica de Petrópolis ficou pequena para a demanda de produção, por isso foi fechada e a Bohemia passou a ser produzida em Jacarepaguá/RJ. A unidade de Petrópolis volta a ser aberta em 2012, totalmente revitalizada e transformada no museu temático do tour, além de trazer também restaurante, bar, loja e uma infraestrutura impecável para receber os visitantes. Parte das antigas instalações foram preservadas e podem ser vistas durante o tour, além de fotos que formam a linha do tempo mostrando toda a transformação pela qual o prédio passou.     
           A duração do passeio depende do interesse de cada visitante, assim como em todo e qualquer museu, mas com tanto a ser visto, ouvido, sentido... reserve ao menos 1h30min para fazê-lo com calma. Além desse tempo nas salas do museu propriamente dito, ainda há a lojinha que, além de cerveja, camisetas, bonés... tem doces e mostardas cervejeiras. É difícil fugir de dar uma passadinha por ali: se quiser fazer o rótulo de sua garrafa, irá retirá-lo no balcão do caixa, assim como o brinde a que tem direito com o ingresso (uma mini-caneca de acrílico com o logo da Bohemia).
Cervejaria Bohemia
          No restaurante, o cardápio traz as sugestões de harmonização dos petiscos e pratos principais com as cervejas produzidas pela Bohemia. Nós pedimos uma porção de bolinho de feijoada que estava delicioso, assim como o chope avermelhado sugerido. Já os pratos principais e a sobremesa deixaram um pouco a desejar. Achei que faltou tempero para dar mais sabor e justificar os preços um tanto 'salgados'. No site é possível conhecer as opções do cardápio.
           Não fomos ao bar, mas creio que seja uma boa opção, pois estava bem cheio, também li vários elogios sobre os petiscos e a harmonização sugerida no cardápio. Um sugestão mais descontraída em relação ao restaurante. 
             Boa viagem e bom apetite!
Cervejaria Bohemia
Serviço
Site: https://www.bohemia.com.br/tour 
Horários
- Segundas das 11h às 16h (em alta temporada)
- Terças a quintas das 12h às 17h
- Sextas e domingos das 10h às 17h
- Sábados das10h às 18h

Valores: R$ 39 (inteira); R$ 19 (meia)
Cervejaria Bohemia
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Exposição Quadrinhos, no MIS

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Fachada do MIS anunciando a exposição "Quadrinhos"

      O Museu da Imagem e do Som (MIS) é um dos centros culturais mais movimentados de São Paulo, conhecido por suas megaexposições que batem recordes de público como 'Castelo Ra-Tim-Bum - A exposição' (2015) que atraiu 410 mil pessoas em sete meses em cartaz, e 'O mundo de Tim Burton' (2016), com 213 mil visitantes em quatro meses. Agora é a vez de "Quadrinhos", que entrou em cartaz em novembro/2018 e pode ser visitada até 31 de março de 2019.
Peças da exposição 'Quadrinhos'
         As  grandes exposições do MIS geralmente ficam em cartaz entre três e seis meses, pois realmente são grandiosas e trazem temas que agradam muito ao público. Também já foram homenageados em suas exposições, entre outros grandes artistas, David Bowie (2014), Sílvio Santos (2017), Renato Russo (2017) e Alfred Hitchcock (2018). Dessa vez o tema da exposição agrada de 8 a 80 anos, pois não há quem não tenha seu personagem preferido da nona arte: a argentina Mafalda ou o americano Calvin? Heróis da Marvel ou da DC? Animais falantes da Disney ou o gato pensante Garfield? Os brasileiros Turma da Mônica ou Menino Maluquinho? E mais gibis raros, tirinhas, cartoons, charges, mangás, animês... enfim tudo sobre as HQs em mais de 600 itens.
Peças da exposição 'Quadrinhos'
              As pesquisas realizadas pelo curador Ivan Freitas da Costa e seus colaboradores de Caselúdico duraram 18 meses e reuniram vídeos, áudios,  instalações artísticas, desenhos originais e peças raras em três andares de exposição que contam a história de dois séculos da arte sequencial que une o desenho às palavras. Dado o reconhecimento de sua importância, os próprios artistas do cartoon (ou seus familiares) contribuíram para a construção do acervo. Cederam peças para a exposição Maurício de Sousa, Glauco, Angeli, Laerte e Ziraldo. Jim Davis fez um desenho de Garfield exclusivamente para a exposição, na qual também pode ser apreciado o vídeo que mostra o cartunista desenhando seu mais famoso personagem.
Peças da exposição 'Quadrinhos'
          A imagem acima traz as cinco etapas de produção de uma história em quadrinhos da Turma da Mônica, desde o rascunho do desenhista até chegar aos gibis. Na segunda foto está a rubrica de aprovação de Marina, filha de Maurício de Sousa, desenhista e roteirista da empresa de produções do pai. Da mesma forma que Mônica, Magali e seus outros irmãos, Marina inspirou a criação de uma personagem com seu nome que adora desenhar, assim como a Marina da vida real. No espaço reservado à Turma da Mônica estão expostas desde as primeiras tirinhas com a data de aparição de cada personagem (o primeiro foi Cebolinha, em 1960; a Mônica chegou em 1963) até as mais recentes novidades dessa galerinha, como a Turma da Mônica Jovem, lançada em 2008, e os personagens minimalistas da Turma da Mônica Toy com seus episódios de cerca de 1 minuto exibidos no canal da Turma da Mônica e Monica Toy Official, no Youtube.
Peças da exposição 'Quadrinhos'
         Como a exposição visa ser o mais abrangente possível, não faltaram nem mesmo os quadrinhos eróticos expostos em um banheiro real, adaptado para a exposição, afinal nos banheiros públicos encontram-se todos os tipos de desenhos e recados geralmente inapropriados para menores. Por isso, nesse espaço só entram maiores de 18 anos ou maiores de 16 anos desde que acompanhados pelos pais ou responsáveis. O atentado violento sofrido pela revista satírica francesa Charlie Hebdo deixando doze vítimas, em 2015, também foi lembrado.
Peças da exposição 'Quadrinhos'
         Entre as raridades está a revista n.1 do Tio Patinhas e outras poucas curiosidades sobre os quadrinhos da Disney que, a meu ver, mereciam um espaço maior na exposição. Mas... isso diz respeito a preferências pessoais, afinal são centenas de personagens e nem todos os visitantes têm a mesma opinião. Até mesmo os curadores deixam algumas pistas sobre suas preferências de personagens (talvez por acaso, talvez intencionalmente) ao apresentar os heróis da Liga da Justiça, da DC, na reprodução da incrível Batcaverna onde visitantes entram para acessar os arquivos com informações de heróis e vilões. Já os heróis da Marvel não ganharam tanto destaque assim nem no tamanho e nem na produção do espaço.
Peças da exposição 'Quadrinhos'
             A sala dedicada à Marvel, reproduz o ambiente urbano de uma grande metrópoles (New York?) circundada por seus grandes prédios, com monitor exibindo o filme "Os Vingadores" e um mal-feitor preso na teia do Homem Aranha que deixa um bilhete para os moradores: "Cortesia do amigo da vizinhança". Uma curiosidade não programada pelos curadores, é que nas informações sobre Stan Lee consta apenas seu ano de nascimento (1922), pois quando o escritor faleceu em 12/11/2018, já estava tudo pronto para a abertura da exposição que aconteceu dois dias depois. A reprodução de Hulk (abaixo) é uma escultura tátil para que pessoas com deficiência visual (os demais visitantes também) possam sentir os contornos do personagem. A exposição apresenta outros personagem em forma de escultura como Mickey (laranja) e Donald (azul) da imagem com fotos da Disney.
Peças da exposição 'Quadrinhos'
           Por conta da grande procura do público por suas exposições, o MIS abre a pré-venda de ingressos com mais de um mês de antecedência do lançamento de cada exposição pelo site Ingresso Rápido. O detalhe é que os ingressos antecipados, comprados pela internet, custam o dobro do valor daqueles comprados na recepção, pois esses estão sujeitos à disponibilidade. Eu arrisquei em um sábado pela manhã e deu certo, estava bem tranquilo. Uhuu!!

Serviço
- Endereço: Avenida Europa, n.158. Jardim Europa - SP.
- Horários: terça à sábado - 10h às 20h; domingos e feriados - 9h às 18h
- Valores antecipados: R$30 (inteira) e R$15 (meia);
- Valores na recepção: R$14 (inteira) e R$7 (meia)
- Gratuito: terças-feiras, sujeito à disponibilidade.

Mais do MIS

Exposição "Cidade (in)acessível"
            Além das grandes exposições pagas, o Museu da Imagem e do Som tem outras gratuitas e apresentadas em períodos mais curtos, com uma quedinha pela fotografia (a  8ª arte). Quando estive por lá, estava em cartaz a exposição 'Cidade (in)acessível' (até 13/01/2019), pequena, porém, interessantíssima. Com dez fotos tiradas por deficientes visuais a partir de seus outros sentidos. Essas fotos receberam  legendas em braille e representações em relevo para que tanto os visitantes quanto os próprios fotógrafos pudessem sentir o resultado dos trabalhos. A programação do MIS também inclui apresentações de música, cinema, teatro, fotografia e cursos diversos. A agenda está disponível no site.
Esculturas do MuBE
          Ao lado do MIS fica o MuBE - Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia -  com entrada franca de terça a domingo, das 10h às 18h . O MuBE tem exposições gratuitas e, além das esculturas na parte externa, tem jardins projetados por Burle Marx. Vale dar uma olhadinha na agenda de programação e fazer as duas visitas.
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Museu Imperial - Petrópolis

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Museu Imperial - foto do site oficial

        Assim como os ares de Petrópolis agradavam à família imperial no século XIX, ainda hoje é o destino de inverno preferido dos cariocas (a 65 km do Rio de Janeiro). Na cidade fica a antiga moradia de D. Pedro II e seus familiares, construída entre 1845 e 1862 para ser a residência de verão da família, porém, onde passavam a maior parte do ano: em torno de 7 meses a 8 meses e o restante deles no Rio de Janeiro, a capital do império no Brasil. Desde março/1943, o palácio é a sede do Museu Imperial, um dos mais visitados do país, que abriga mobiliário, vestimentas, joias, objetos pessoais, documentos, fotos, quadros e muita história do período imperial brasileiro.
Última foto da família real no Brasil na casa da Princesa Isabel.
      O riquíssimo acervo (tanto em valor histórico quanto monetário) de cerca de 300 mil itens, não pode ser fotografado pelos visitantes; mas as fotos são permitidas no pavilhão das viaturas, que originalmente era a antiga cozinha do palácio, e nos jardins que ainda conservam as características do projeto de Jean Baptiste Binot. Há mais de um portão de acesso no Museu Imperial, entre pelo mais próximo da Praça D. Pedro II para atravessar os jardins até a bilheteria. Também é possível conhecer ou relembrar as peças do acervo por meio do Tour Virtual
          Ao longo do calçamento, na extensão dos jardins do Museu, ficam as polêmicas 'vitórias', charretes puxadas por cavalos para passeios turísticos. Os moradores de Petrópolis votaram em um plebiscito em 07/10/2018 se eram 'a favor' ou 'contra' o uso de tração animal em passeios turísticos e optaram pelo fim das vitórias por entenderem que os animais são explorados e maltratados. Mesmo assim o empasse continuou, porém, com ou sem autorização, evite as vitórias e ajude a população a defender os animais.
Viaturas: liteiras e carruagens
          Para a visita às dependências da antiga moradia de D. Pedro II e família é necessário calçar pantufas (grandes chinelos de feltro) sobre os calçados para proteger o assoalho da grande movimentação diária por seus corredores, o que obriga os visitantes a andarem bem devagar, arrastando os pés para não perder os chinelões. Não são muito cômodos não, mas é uma regra que precisa ser obedecida. A visita segue em sentido único, com todos os móveis e objetos muito bem protegidos de mãos curiosas por vitrines e vidraças. O que não impede que se observem detalhes, por exemplo, os desenhos no teto que indicam a função do cômodo: harpas na sala de música ou as iniciais PT nos aposentos do imperador D. Pedro II e da imperatriz Teresa Cristina.
      Embora as dependências estejam ornadas com belíssimos lustres, enquanto serviu de moradia à família imperial, a casa nunca teve água encanada ou luz elétrica. Para aproveitar a luminosidade natural, seus moradores despertavam muito cedo, almoçavam por volta das 9h e jantavam às 16h . Nem todas as peças que compõe o acervo são da mobília original, a proposta é reproduzir  a vida no período imperial, inclusive com o trono que foi trazido do Rio de Janeiro, pois nunca houve 'Sala do Trono' na casa de Petrópolis, por não ser a residência oficial e sim destinar-se ao veraneio da família.
Museu Imperial - Petrópolis
          A parte mais interessante da visita, são os salões internos, mas cada cantinho desse espaço guarda surpresas como as estátuas do jardim, as jaqueiras que ainda dão frutas, a locomotiva Leopoldina, que subia a serra fluminense levando a família real até Petrópolis, a última foto da família real no Brasil e até mesmo os saguis que passeiam pelos jardins tornam-se atração entre os visitantes. 
       Além da visita à casa principal, o museu oferece outras atividades interessantes, como o passeio pelos bastidores, que acontece uma vez por mês, chamado 'O museu que não se vê'; a apresentação temática 'Um sarau imperial', em que a Princesa Isabel recebe as amigas e, durante a conversa, comentam sobre os assuntos em pauta na época: o futebol que chegava ao Brasil, o blue jeans como roupa dos trabalhadores do campo, o telefone, as composições de Carlos Gomes... A peça teatral é interativa, contando com a participação da platéia. Não é permitido fotografar durante o espetáculo, mas após o término as atrizes ficam à disposição para fotografar com o público. Na página oficial do Facebook também há fotos tiradas durante cada apresentação.
Um Sarau Imperial
            Outro evento que complementa a visita é o 'Espetáculo Som e Luz' que transporta os visitantes para momentos significativos do período imperial brasileiro, entre eles, a renúncia de D. Pedro I, o baile de apresentação das princesas Isabel e Leopoldina a seus futuros maridos, a assinatura da Lei Áurea, até a proclamação da República, quando a família real foi obrigada a se exilar na Europa. Para contar essas e outras histórias é utilizada tecnologia de ponta com projeções nas paredes do palácio onde, pelas janelas, se vê o movimento dos convidados para o Baile das Princesas. Na direção oposta as imagens são projetadas em uma cortina d'água com seis metros de altura e dezessete de largura. Imperdível, programe-se para assistir a esse espetáculo único no Brasil.
Espetáculo Som e Luz
   O espaço do Museu Imperial conta ainda com outras dependências como loja, biblioteca e o bistrô onde é possível tomar um chocolate quente com bolo ou fazer uma refeição completa, que a meu ver é um tanto cara (R$75 por pessoa, o almoço), porém, não experimentei para avaliar a qualidade da comida e concluir se vale ou não. Na última sexta-feira de cada mês, acontece no Duettos's Café e Bistrô o 'Chá da Princesa', a experiência une gastronomia,  teatro e muita história, oferendo no cardápio os quitutes prediletos da realeza, como o pão-de-ló de laranja, preferido da Princesa Isabel que aparece por lá para receber seus convidados. O Duetto's também oferece uma vez por mês, o 'Jantar do Imperador', com pratos que relembram os banquetes imperiais e conta com a presença do próprio D. Pedro II, na companhia de sua filha Princesa Isabel (veja mais informações no final do post).
       Além de seu endereço principal, também pertence ao complexo do Museu Imperial, em Petrópolis, a Casa de Cláudio de Souza, construída no final do séc.XIX, onde viveu o médico e escritor membro da Academia Brasileira de Letras.
        Como se vê, visitar o Museu Imperial não é apenas dar uma 'passadinha'. Programe-se para aproveitar o que ele oferece de melhor.
Casa de Cláudio de Souza

Serviço
Museu Imperialhttp://www.museuimperial.gov.br/ 
Endereço: Rua da Imperatriz, 220 - Centro - Petrópolis/ RJ
Horários: terça-feira a domingo, das 10h às 18h (bilheteria até 17h)
Valores: R$10 (inteira); R$5 (meia)

Sarau Imperialhttps://www.facebook.com/umsarauimperial/
Horários: quinta, sextas e sábados, às 18:30h
Valores: R$16 (inteira); R$8 (meia)
Duração: 45 min

Espetáculo Som e Luz
Horários: quinta, sexta e sábados, às 20:30h
Valores: R$20 (inteira); R$10 (meia) 
Pacote familiar: 2 adultos + 2 estudantes ou 2 idosos - R$50
Duração: 45 min

Combo
Museu + Sarau + Som e Luz: R$ 36 (inteira); R$18 (meia)

O museu que não se vê (visita aos bastidores)
Período de realização: de março a novembro
Horário: última quarta-feira do mês, às 9h e às 14h 

Grupos de 5 a 15 pessoas, recomendado a partir de 14 anos
Duração: 3 horas
Valor: gratuito, mediante agendamento 
 (24) 2233-0368


Casa Cláudio de Souza
Endereço: Praça da Liberdade, nº 247, Centro – Petrópolis – RJ
Horários: terça a sexta-feira, das 11h às 18h
Entrada gratuita

Chá da Princesa
Endereço: Duetto's Café e Bistrô (no próprio museu)
Horário: última sexta-feira do mês, 16h às 18:30h
Limite de 50 pessoas
Valor: R$62,90
Agendamento: (24) 2443-2952 ou (24) 2020-1408
E-mail duettoscontato@gmail.com 

Jantar do Imperador
Endereço: Duetto's Café e Bistrô (no próprio museu)
Horário: uma sexta-feira por mês (não pré-definida), às 20:30h
Limite de 20 pessoas
Valor: R$150 (sem bebidas)
Agendamento: (24) 2443-2952 ou (24) 2020-1408;
E-mail duettoscontato@gmail.com 

Curiosidade
Nome completo de: D. Pedro I
Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.

Nome completo de: D. Pedro II

Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e Bourbon.
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Allianz Parque Experience Tour - Palmeiras

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Allianz Parque

        Fui conhecer o campo do adversário, mas continuo sãopaulina de corpo e alma, embora durante todo o Allianz Parque Experience Tour o anfitrião fique repetindo que a paixão pelo clube é tão grande que contagia e no final do passeio os 30% de visitantes não-palmeirenses já estarão convertidos e beijando o escudo. E olha que tomei até a garrafinha d'água distribuída durante o tour, mas nada mudou: meu coração continua batendo pelo Tricolor do Morumbi. No entanto, confesso que sou bastante simpática ao verdão e considerei a visita bem agradável, lá também estavam corinthianos, santistas, botafoguenses... e todos igualmente bem tratados na 'arena mais moderna da América Latina'.
Allianz Parque

       Se o título de 'arena mais moderna', anunciado várias vezes durante o tour, se sustenta... não sei; mas certamente a terceira reforma pela qual passou o antigo 'Parque Antártica', que o manteve fechado de 2010 a 2014, trouxe a tecnologia mais moderna disponível: o estádio é totalmente acessível a cadeirantes, subimos até os andares mais altos (5º andar) por escada rolante e a acústica foi elogiada por artistas como Paul MacCartney, Andrea Bocelli e o grupo Coldplay. 
          O revestimento metalizado do estádio são placas de aço super finas que exercem várias funções. Além de embelezar,  têm furos que permitem a entrada de luminosidade, protegem os corredores da chuva, que faz a auto-limpeza dessas placas, e ainda impedem o vazamento do som.  
Allianz Parque

        Os dois telões nas extremidades do campo possuem cada um os incríveis 100 metros quadrados e as informações sobre suas medidas rendem a piada de que é por isso que o Palmeiras não contrata Cristiano Ronaldo, pois ele ficaria admirando sua própria imagem e se esqueceria de jogar. Já os diferentes tons das cadeiras são para dar efeito de preenchimento quando são mostradas na TV, embora, segundo os palmeirenses, isso nem seria necessário, pois as arquibancadas do Allianz Parque estão sempre cheias. Mais uma piadinha do verdão? O guia-anfitrião nos avisou que mostraria o camarote exclusivo do Valdívia e fez isso quando passamos pelo Departamento Médico.
       Todas essas informações são passadas na primeira parte do tour (que dura entre 1:30h e 2h no total), com os visitantes acomodados nas arquibancadas,  depois a visita ainda segue, entre outras dependências, para os camarotes, sala de imprensa, sala Joelmir Betting (aquecimento), vestiários e túnel de acesso ao gramado, no qual não se pode pisar, assim como em qualquer outro campo oficial. Eu acreditava que isso se devia ao cuidado com a preservação da grama, mas ali a informação é que trata-se de uma regra da Fifa. Não sei...
Sala Joelmir Beting
        A sala de aquecimento é linda, com todos os versos do hino contornando o espaço. Recebe o nome de Joelmir Beting, pois o ilustre torcedor, deixou de ser jornalista esportivo por paixão ao Palmeiras, já que não conseguia ficar isento durante a narração dos jogos. Além disso, é autor da frase que também já foi registrada nos antigos vestiários "Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense... É simplesmente impossível."
        Acredito que seja mesmo, pois apesar das imagens lindíssimas dessa sala, com momentos marcantes da história do time, achei uma parte um tanto cansativa da visita o guia explicando foto por foto que recobre as paredes da sala. Talvez por não ser palmeirense, embora alguns visitantes de camisa verde também estivessem dispersos, principalmente as crianças.
Arquibancadas do antigo Parque Antártica
          Outras partes 'chatinhas' do tour (de novo: talvez por eu não ser palmeirense) são os espaços para foto: na sala de imprensa e no gramado junto à taça Libertadores da América. Nesses locais não é permitido fotografar com o próprio equipamento, pois são feitas as fotos que serão vendidas no final do tour. Acontece que é possível a todos os visitantes fazerem as fotos e depois decidirem por comprá-las ou não, o que em um grupo grande resulta em um bom tempo de filas ou simplesmente ocioso. O grupo em que estava tinha mais de 70 pessoas e, pelo que vi, não há muito limite em cada tour, chegou na hora, entra. A recomendação é estar na bilheteria com meia hora de antecedência.
           Por falar em ingressos, o do Allianz Parque foi o tour mais caro que fiz em estádios oficiais (e conheço vários), com variação de preços em dias úteis ou nos finais de semana, mais caro que o Maracanã! Mas tá valendo.
Allianz Parque

           Apesar de toda tecnologia, o time apega-se às tradições e na reforma do estádio conservou um trecho das antigas arquibancadas sob as novas (veja foto) para preservar a memória das grandes conquistas ali presenciadas, é o coração do estádio e pode ser visto no final do tour. Também no final, fica a lojinha com produtos licenciados, que fica antes da bilheteria e acesso ao início do tour, por isso, pode ser visitada mesmo por quem não faz fará o tour.  Esse hall de entrada é um pedacinho do Allianz Parque 'gratuito' que pode satisfazer os menos curiosos e, quem sabe, os não-palmeirenses. Por ali também há vídeo-game e mesa de pebolim com o formato do estádio.
     Nós nos hospedamos bem em frente, no hotel Plaza Inn American Loft e comprovamos que é uma ótima opção para quem vai a shows no Allianz Parque. Não era nosso caso, mas já que estávamos tão perto, era impossível resistir à visita.        
Allianz Parque
Serviço
Endereço: Rua Palestra Itália, 214 (Portão A)
Horários: De terça a domingo 10h, 11h30, 13h, 14h30, 16h, 17h
(exceto em dias de jogos ou eventos)
Valores: R$55 (inteira); R$27,50 (meia) - terça à sexta
            R$70 (inteira); R$35 (meia) + R$10,50 (encargos) - sábados e domingos
Allianz Parque visto do Plaza Inn American Loft

Outros estádios que visitamos:
- Pacaembu - SP

Voltinha pela Rua Oscar Freire

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Imagem de Frida Kahlo, em grafite de Sipros

        A Oscar Freire está entre as ruas de lojas mais exclusivas do mundo. Tem para São Paulo a mesma importância comercial que a Madison Avenue ou a Fifth Avenue, em New York; a Rodeo Drive, em Beverly Hills ou a Champs Elysees, em Paris. Não posso afirmar que quem vai aos Estados Unidos ou à França faça questão de conhecer esses fashion points mas, estando em São Paulo, passear pela Oscar Freire é uma boa pedida, mesmo que seja uma única vez para conhecer a rua mais famosa da capital paulista e uma das mais luxuosas do mundo.
Espaço Havaianas
         É um grande shopping a céu aberto com aquelas lojas encontradas nos melhores (e mais caros) espaços de compras. Qual a sua preferida? Roupas da Calvin Klein ou da Brooksfield? Joias H. Stern ou Pandora? Sandálias da Arezzo ou da Melissa? Delícias da Kopenhagen ou da Carlo's Bakery? Estão todas por ali. São caras demais? Também há lojas de departamento mais acessíveis como Riachuello e Forever 21, Havaianas, Lupo e outras cafeterias cheias de delícias para experimentar naquele esquema de 'pelo menos uma vez na vida'. Brincadeira, nós merecemos nos dar a esses luxos vez ou outra. Mesmo porque todos os dias, nem o bolso e nem as calorias permitem.
Kopenhagen
         A rua inteira tem cerca de 2,7km de extensão, mas as grandes marcas e as lojas mais famosas se concentram em cinco ou seis quarteirões, basicamente desde o ponto em que a Oscar Freire cruza com a Av. Rebouças (onde fica a estação de metrô Oscar Freire - Linha 4, Amarela) até a Rua Augusta. Antes da Av. Rebouças é uma rua comum, com muitos prédios residenciais, de escritórios, vários consultórios médicos e estabelecimentos comerciais sem tanto glamour. Depois da Rua Augusta ainda há algumas lojas, cafés e restaurantes que logo começam a rarear para dar lugar a hotéis e prédios residenciais. 
Carlo's Bakery -  Rua Bella Cintra
          Além da própria Oscar Freire, a região toda dos Jardins tem pontos comerciais badalados, principalmente em duas das ruas que a cruzam: a Bella Cintra e a Haddock Lobo. Na Bella Cintra, 2182 (quase esquina com a Oscar Freire), por exemplo, fica a Carlo's Bakery São Paulo, a única loja do Cake Boss Buddy Valastro fora dos Estados Unidos. Leia mais sobre ela aqui. Na região também está o restaurante Arturito, da masterchef argentina Paola Carosella (Rua Artur de Azevedo, 542) e um de seus cafés La Guapa, que serve as famosas empanadas, esse bem pertinho (cerca de duas quadras), na  Alameda Lorena, 1731, dentro da Livraria da Vila (leia mais sobre o La Guapa e suas empanadas).
Galeria Melissa
         Sim, é uma rua de lojas caras, mas nada impede de visitá-la apenas para passear, entrando de loja em loja ou apenas naquelas de suas marcas preferidas. Seja qual for sua opção, duas delas não podem faltar em seu roteiro: a Galeria Melissa (n. 827) e o Espaço Havaianas (n.1116). São lojas-conceito, em que os produtos são dispostos como se fossem obras de arte e a decoração temática sempre muda, com uma roupagem mais linda e surpreendente que a outra. Quando estivemos por lá, a Galeria Melissa estava toda em tons de vermelho e texturas imitando crochê, porém, ela já teve um poodle amarelo de cinco metros, já foi coberta por mais de 350 mil folhinhas de post-it formando desenhos, entre outras instalações e pinturas artísticas que já se alteraram mais de 30 vezes desde 2005 e são sempre motivo de curiosidade.
       No Espaço Havaianas, o pessoal do marketing também trabalha duro para inovar e colocar toda a criatividade em prática. Nós encontramos uma piscina que parecia deliciosa para se refrescar, mas era apenas uma imagem em 3D (veja a segunda foto do post). Os gringos adoram Havaianas, por isso, é muito comum ouvir outros idiomas por ali, aliás, em toda a Oscar Freire é frequente a presença de estrangeiros.
Empanadas de Paola Carosella
          Além dos cenários nas fachadas que são verdadeiras obras de arte, o grafite está presente em vários pontos e várias fotos do Instagram, Pinterest e afins destacam a arte urbana da Oscar Freire. As pinturas mais famosas estão nas lojas Iodice (n.940) e Schutz (944), que ficam uma ao lado da outra. Na Iodice, loja do marido de Adriane Galisteu, o grafite atual do artista Sipros retrata a mexicana Frida Kahlo (primeira foto), símbolo da luta pela igualdade das mulheres. Na Schutz, a parede de 5,5m x 14m apresentou de 2015 ao final de 2018, um dos murais mais fotografados de São Paulo, pintado por Eduardo Kobra, retratando Albert Einstein andando de bicicleta. No início de 2019, foi apagado e em seu lugar surgiu a palavra LOVE escrita em letras garrafais brancas sobre fundo vermelho, que tenho minhas dúvidas se será tão fotografado como o anterior.
          Enfim... na Oscar Freire pode-se passar algumas horas bem interessantes. Eu quero dar uma passadinha sempre que estou em São Paulo. E você, já conhece?
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Leia também:
- Oscar Freire e seus sabores
- Beco do Batman (grafite na Vila Madalena)

Eu amo essa cidade - Marcelo Rubens Paiva

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Av. Paulista vista desde o mirante do Sesc

       Eu nasci na capital paulista, mas sou uma paulistana desgarrada, morando no interior do Estado desde criança, porém, sempre apaixonada pela 'terra da garoa'. No aniversário de 465 anos da metrópole mais populosa da América do Sul, quero relembrar um texto de Marcelo Rubens Paiva, publicado no jornal Folha de São Paulo, em 24/01/2004, com a proposta de responder se "É bom morar em São Paulo?". Veja o que o autor respondeu:

Eu amo essa cidade

         Eu amo São Paulo. Nasci aqui, quando ela era ainda uma fria cidade organizada - o centro era no centro, nos bairros as pessoas moravam -, provinciana, de muitas casas com quintais, sua noite era do silêncio, quando havia mais praças do que avenidas e aos fins de semana não havia o que fazer. Já morei em outras cidades, até na mais linda de todas, o Rio de Janeiro. Mas sempre volto. Pior: com saudades.
       Como escritor, eu poderia morar em qualquer canto bucólico do mundo, escrever diante de uma paisagem deslumbrante. Mas e se o computador der pau, quem conserta? E se der fome à noite, quem entrega comida? E se eu quiser pesquisar algo na biblioteca, terá alguma completa por perto? E se eu quiser relaxar e ver um filme de arte, terá algum cinema na região? E se eu quiser me inspirar e assistir a uma peça do Antunes? E se eu quiser voar e participar do teatro-ritual de Zé Celso? E se eu quiser dançar um determinado estilo? E onde estarão os amigos de todas as partes do Brasil? E uma padoca aberta de madrugada, quando bater a insônia? E uma festa maluca, que começa às 2h, num galpão abandonado? E quando trouxerem uma exposição sobre a China, ela estará por perto? E haverá uma feira de livros com todas as editoras representadas? Aliás, dará para eu comprar livros a qualquer hora do dia? E se eu quiser um mojito cubano? Ou o novo "The Strokes"? Ou uma raridade? E se eu estiver duro, terá uma peça do Mário Bortolotto custando R$ 1, ou um Shakespeare grátis no teatro do Sesi? E sebos com livros usados? E cursos grátis do Sesc? Posso ser ouvinte de uma boa universidade? Aparecer nas palestras do Instituto Moreira Salles?
      Quem decide se mudar de São Paulo deve abrir mão de tudo isso. Olha o dilema: uma vez morando nela, consegue se livrar do que faz bem à alma? Há qualidade de vida nesse paradoxo. Há também estresse sem tantos serviços. É desesperador ter uma paisagem deslumbrante, mas o computador não ter conserto.
        São Paulo não tem cara. É um caleidoscópio do caos. Por isso, fascina. Por isso, funciona. Das marginais, vê-se a cidade se acotovelar no sentido da cordilheira da avenida Paulista. Sobre ela, a indefinida cor da poluição. Lembra uma pintura de Jackson Pollock, perturbada, desordenada. Cores. Suas avenidas e ruas não seguem um padrão. Há calçadas em azul e laranja, com pedras portuguesas e de concreto. Um sobrado de cem anos é vizinho a um respirador subterrâneo e de um espigão cinza, e vêm um posto de gasolina e uma padaria com seus azulejos amarelos e um hotel em formato de melancia. Suas ruas são curvas, não fazem sentido. De repente, um túnel. Mais à frente, um elevado corta os prédios. Vêem-se, em e de suas varandas, roupas secando, crianças brincando, TVs ligadas.
       São Paulo é o mundo entre seus rios. Não existe nada igual. É única e essencial. Nas calçadas, não se estranha um negro de mãos dadas com uma loira, um japonês gordo jogando dominó com um cego, um português rindo da piada de um italiano, um índio executivo de terno e gravata falando ao celular, um árabe beijando um judeu, punks lésbicas bebendo cerveja, um camelô lendo Dostoiévski, hare krishnas paquerando patricinhas no farol, um anão carregando um trombone, um malabarista cuspindo fogo, desempregados vendendo canetas coreanas. São Paulo é sua gente.
      Em muitos bairros, ainda se diz afetuosamente "bom dia" às manhãs. Um café com leite se chama "média". O pão é crocante e feito na hora. O sol nem nasceu. Gente voltando da balada é servida no mesmo balcão que gente indo ao trabalho. E um pastel de feira não faz mal a ninguém.
      São Paulo mudou muito nas últimas décadas. São Paulo sempre muda muito. Ficou melhor e pior. Ela ganhou a violência urbana. A desigualdade nunca foi tamanha. E, para um deficiente, está sempre atrasada em relação a outras cidades, suas calçadas são difíceis, o transporte público não é adaptado. Mas ela ganhou a Mostra de Cinema, festivais de jazz, um número enorme de casas noturnas, restaurantes e livrarias. A cada ano, teatros e cinemas são inaugurados. Institutos culturais também. E quase sempre há acesso para os deficientes.
      A cidade está na rota das grandes exposições. Pina Bausch nunca deixa de se apresentar por aqui. E já vieram Nirvana, U2, até Stevie Wonder. Alguns tocam de graça no Ibirapuera domingo de manhã. Aos 15 anos, assisti a Miles Davis no Municipal. E ao balé "Sagração da Primavera" do Bolshoi. Vi Ray Charles também. Até conversei com ele no saguão do Hotel Transamérica. Conversei também com Kurt Cobain no saguão do Maksoud. Bem, entre os passarinhos do campo, o barulho do mar, as cigarras cantando, prefiro o mundo.
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Feriados de 2019

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Feriados - 2019 - Brasil

      É... janeiro acabando, quem pôde viajar renovou as energias para enfrentar o ano que se inicia e quem ficou em casa planejando a próxima data possível para uma escapadinha já deve ter percebido que 2019 está bem 'minguado' de feriados proveitosos para se esticar o final de semana em um ou dois dias. Afinal, feriado em dia que já é vermelho na folhinha (sábados e domingos) não resolve a vida de quem quer uns dias de folga para viajar, não é?
Calendário janeiro/2019
         Nem o carnaval colaborou. Se no Brasil o ano começa mesmo só depois dele, então 2019 seguirá firme apenas a partir de março. Por isso é preciso programar bem as viagens em períodos 'sem férias' para que seja possível usufruir de alguns dias de descanso. Algumas sugestões:
Calendário fevereiro/2019
- De 29 de março a 1º de abril - Para quem tem direito a faltas abonadas no trabalho, que por lei podem ser usufruídas apenas uma vez por mês, é uma boa oportunidade para esticar o final de semana em 2 dias, abonando na sexta (29/03) e na segunda-feira (1º/04) e aproveitando as promoções de baixa temporada.
Calendário março/2019
- De 18 a 21 de abril - Algumas repartições começam o feriado da Páscoa na quinta-feira, o que nos dá 4 dias de folga. No entanto, os preços não estarão muitos convidativos, já que muita gente vai querer aproveitar esse feriadão. Se essa também é sua ideia programe-se o quanto antes e faça suas reservas. Quanto mais próxima a data, mais altos os preços.
Calendário abril/2019
- De 27 de abril a 02 de maio - Se por acaso você é um sortudo que consegue folgar dois dias seguidos do trabalho (não vale inventar doenças!!) pode esticar desde o final de semana (27 e 28/04) até a quarta-feira do Dia do Trabalho (1º/05) e com aquela falta abonada dá pra voltar pra casa só em 02/05: viagem de 6 dias!! Mas quem consegue essa proeza?! Quem passa os domingos de eleição trabalhando para o Cartório Eleitoral. Para cada dia trabalhado são dois dias de folga no trabalho garantidos por lei. Como as eleições de 2018 foram em dois turnos, os mesários de todo país têm direito a 4 folgas. (Sim!! Eu sou mesária e minhas folgas são sempre convertidas em viagens)
Calendário maio/2019
- De 31 de maio a 03 de junho - Mais um final de semana prolongado para quem pode dar uma falta abonada na sexta-feira (maio) e na segunda-feira (junho). Em baixa temporada é tudo de bom!

- De 20 a 23 de junho - Feriadão de Corpus Christi. De quinta-feira até domingo para quem tem ponto-facultativo na sexta.
Calendário junho/2019
- Julhoé mês de férias escolares e para os paulistas ainda há o feriado de 09/07 (Revolução Constitucionalista) que cairá numa terça-feira. Será que até aqui ainda sobrou alguma folga para emendar a segunda-feira? Quem sabe um ponto facultativo na segunda-feira salva a sua viagem?
Calendário julho/2019
- De 30 de agosto a 02 de setembro - Sou otimista, não acredito que agosto seja mês de desgosto, mas uma coisa é fato: data boa para viajar só no último dia do mês (sexta-feira), para quem pode se programar para abonar também na segunda-feira. Baixíssima temporada, ótimos preços... se o dólar ajudar. Oh, Sete de Setembro!! Por que nos abandonaste?!!
Calendário agosto/2019
- De 28 de setembro a 1º de outubro - Dobradinha de uma abonada em cada mês para esticar o final de semana até a terça-feira. Mas gente, mesmo quem tem esse direito são só seis por ano, tá? É preciso escolher bem quando usar o benefício e se lembrar de outras situações em que há necessidade de faltar do serviço. Já pensou amanhecer com piriri??
Calendário setembro/2019
- De 12 a 15 de outubro - Com o Dia da Padroeira do Brasil no sábado, o feriado 'miou'. A não ser para quem espera pelos feriados escolares, já que o Dia do Professor (15/10) cai na terça-feira, quem sabe se arranja aquele jeitinho na segunda? Essa é a cada vez mais famosa 'semana do saco cheio'.
Calendário outubro/2019
- De 31 de outubro a 03 de novembro - Mais um feriado no sábado, mais uma possibilidade de dobradinha mês-a-mês: quinta-feira (outubro) e sexta-feira (novembro).

- De 15 a 17 de novembro - Finalmente um outro feriado em que a grande maioria dos brasileiros poderá usufruir do feriado prolongado!! Em algumas cidades e/ou Estados também é feriado em 20/10 (Consciência Negra) e muita gente tentará a emenda de segunda e terça com o feriado da quarta-feira. Os preços provavelmente estarão em alta, por isso, programe-se com antecedência.
Calendário novembro/2019
- Natal (25 de dezembro) - Bem no meio da semana, mas com férias coletivas, folgas no dia 24 ou 26/12 e tudo em ritmo mais lento (menos no comércio) para permitir que se viaje para principalmente rever familiares.
Calendário dezembro/2019
      Sim, vai ser um ano meio difícil, mas nunca é impossível! E se nas suas resoluções de Ano Novo estava a promessa de que 'nesse ano' você vai para a Disney, dê uma olhada também nos feriados dos Estados Unidos e evite-os pois os parques estarão lotados.

Feriados - 2019 - EUA
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Tabletón do La Guapa

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Elas são assim mesmo, queimadinhas.

Empanadas do La Guapa

         Esse é o recado na parede do La Guapa, lanchonete da master chef  Paola Carosella, onde são vendidas as famosas empanadas. Já estou em um ciclo vicioso: se estou em São Paulo quero dar uma voltinha pela Oscar Freire, já que estou por ali não vou deixar de saborear uma empanada do La Guapa e depois me corroer na dúvida entre um docinho dali mesmo ou uma passadinha pela Carlo's Bakery para um canoli com receita de Buddy Valastro.


         E por falar em sobremesas, o La Guapa oferece três opções: alfajor, sorvete de doce de leite caseiro e tabletón. No cardápio, o tabletón está descrito como "massas crocantes com raspas de laranja e limão siciliano, intercaladas com muito doce de leite e polvilhadas com cacau. Servido com chantilly de cachaça e fava de baunilha". Deu água na boca, mas não dá para ir até São Paulo? Pois eu encontrei a receita compartilhada pela chef na revista Casa e Jardim de fevereiro. O título da matéria é "Sucesso de público: Reunimos receitas famosas de cinco chefs de renome que sempre fazem a clientela querer mais" (edição 769, p.112). Alguma dúvida de que seja muito... muito bom? Vamos tentar? Segue a receita:

Tabletón
Ingredientes
- 8 gemas
- 1 xícara (chá) de vinho branco seco
- 450g de farinha
- raspas de 3 laranjas
- 2 colheres (sopa) de semente de erva-doce triturada
- 2 xícaras (chá) de chantilly batido com duas colheres (sopa) de cachaça
- doce de leite o quanto baste
- cacau amargo em pó o quanto baste

Modo de fazer
1- Misture as gemas, as raspas de laranja, o vinho e a semente de erva -doce.
2- Acrescente a farinha e amasse até formar uma massa lisa. Utilize mais farinha, se necessário.
3- Separe a massa em 4 bolinhas. Abra e corte cada bolinha em tiras de 10cm de largura por aproximadamente 25 a 30cm de comprimento.
4- Espete com um garfo e coloque em assadeiras limpas, sem untar.
5- Asse em forno preaquecido a 180ºC, até que fiquem douradas e sequinhas.
6- Retire do forno, tire da assadeira e ponha direto em uma superfície lisa.
7- Coloque-as numa travessa, cubra com uma camada de doce de leite.
8- Cubra com a outra massa, volte a colocar doce de leite, outra camada de massa e repita a operação.
9- Polvilhe com cacau e sirva acompanhado de chantilly perfumado com cachaça.
Rende 12 porções
Tempo 50 min
Lanchinho no La Guapa

Serviço
O La Guapa tem 4 unidades em São Paulo. Da próxima vez em que estiver na capital da garoa, veja qual a mais próxima de você e experimente as empanadas da Paola.

Endereços La Guapa, em SP

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Exposição Hebe Eterna

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Exposição Hebe Eterna - Farol Santander - SP

      A diva Hebe Camargo é tema de uma exposição inédita e imperdível inaugurada em fevereiro/2019 no Farol Santander em São Paulo, cidade onde a 'rainha da TV brasileira' viveu a maior parte de sua vida, até falecer em 29 de setembro de 2012, aos 83 anos de idade.
Linha do tempo - Hebe Camargo
            Em 2019, Hebe completaria 90 anos. Sabe quando? Em 08 de março, exatamente no Dia Internacional da Mulher, a data não poderia ser mais significativa, não é mesmo? Adélia Prado, sem essa intenção, resumiu em seu poema 'Com licença poética' a sina grandiosa de Hebe Camargo. Leiam e digam se não parece escrito para ela:

"Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
(...)
já minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Vestidos de Hebe Camargo

           A exposição imersiva e interativa é uma homenagem aos 60 anos de carreira dessa mulher deslumbrante que se fundem com a própria história da TV brasileira. Desde sua morte, a família dedicou-se a organizar e conservar o acervo luxuoso deixado pela musa, já pensando em uma futura exposição que só agora, 7 anos depois, está disponível para aplacarmos um pouco a saudade de seu sorriso aberto e franco, de suas polêmicas, de suas roupas, sapatos e joias tão luxuosos que a tornavam alvo de críticas por ostentar em um país onde tantos passam fome. Argh! Intriga da oposição. Puro recalque! Nela, as joias maravilhosas, que eram sua marca registrada, não pareciam ostentação, pareciam um presente ao público que a admirava.
Sapatos de Hebe Camargo

        Quantos sapatos tinha Hebe Camargo? E vestidos? E joias? Não... isso nunca saberemos, nunca foi divulgado. Mas as peças mais marcantes de sua carreira estão lá para serem vistas bem de perto acompanhadas de vídeos com a 'primeira dama da TV brasileira' usando essas verdadeiras obras de arte fashion. Um exemplo é o longo branco e rendado, de mangas amplas com que homenageou Roberto Carlos cantando 'Você não sabe' no especial 'Elas cantam Roberto Carlos', em comemoração aos 50 anos de carreira do cantor (2009).       
Reprodução do camarim de Hebe
             Uma curiosidade: Hebe calçava n.37 e os saltos de seus sapatos (10, 12, 15cm) variavam em tamanho dependendo de quem seriam suas convidadas no programa, pois não admitia ficar mais baixa que outras mulheres. Além de colares, brincos e anéis, os pés de Hebe também portavam verdadeiras joias, com seus sapatos sempre diferentes, cheios de brilho, inclusive dos brilhantes e do ouro que os adornavam e acompanhavam as bolsas. Mesmo em casa, longe das câmaras, ela não perdia o glamour, ainda que estivesse no conforto dos chinelos, esses também tinham muito dourado e muito brilho.
Cardápio preferido de Hebe Camargo
       A exposição 'Hebe Eterna' divide-se em 11 ambientes que buscam inserir o visitante no cotidiano da homenageada. Começa por apresentá-la na linha do tempo de sua carreira, que se iniciou aos 15 anos de idade; depois é como se - principalmente as mulheres - pudessem viver um dia na vida de Hebe Camargo escolhendo qual de seus vestidos vestir, qual de seus sapatos calçar e seguindo para os camarins, onde os cabeleireiros virtuais aguardam com as fofocas mais quentes e os segredos mais bem guardados. Ao se sentar na cadeira de Hebe, o rosto de visitante fica emoldurado no espelho pelos cabelos da musa. Se é hora da refeição, lá está o menu preferido, reproduzido com imagens no prato que se alteram de acordo com a ordem do serviço: entrada, primeiro prato, sobremesa...
Hebe Camargo na mídia
         A capela onde Hebe rezava todos os dias, também está ali reproduzida. A capela foi uma surpresa que os familiares fizeram a ela, a construção durou cerca de dois anos sem que Hebe tomasse conhecimento do que acontecia em sua própria casa. Também estão à disposição os jornais que lia diariamente, mas esses foram produzidos especialmente para homenageá-la (Hebe News) e são uma lembrança que o visitante pode levar para casa.
Evolução dos televisores
         Para mostrar o quanto a história de Hebe Camargo se funde com a história da TV brasileira, imagens da musa apresentando seu programa são exibidas em televisores de diferentes épocas, desde o modelo em que os brasileiros assistiram à estreia da TV Tupi, em 1950, até a tela plana em que viram Hebe encerrar sua carreira na Rede TV, em 2012, embora tenha vivido a maior parte de sua vida profissional no SBT, emissora de Sílvio Santos, com a qual assinou contrato para voltar dois dias antes de sua morte.
         Também estão na exposição o piano e microfone de Hebe Camargo, bem como o famoso sofá onde recebia seus convidados, de preferência, sentados à sua esquerda. Quem visita a exposição pode sentir o gostinho de ser entrevistado no famoso sofá da Hebe, feito que só a tecnologia pode promover. Os efeitos virtuais também possibilitam ganhar de Hebe o famoso 'selinho' com que recebia seus convidados. São cabines fotográficas em que cada um programa a foto em preto e branco para ser enviada a seu e-mail e o resultado é emocionante. São várias cabines e cada uma delas tem uma imagem diferente de Hebe. Escolha abaixo a sua preferida.
Selinho da Hebe

        A exposição acaba antes da vontade de ficar mais um pouquinho revivendo a vida da musa da TV. Embora ocupe dois andares (19º e 20º) do Farol Santander, fica um gostinho de quero mais que 'talvez' seja aplacado com a chegada do filme "Hebe, a estrela do Brasil", com estreia prevista para agosto/2019. 
              Só nos resta esperar ansiosamente. Convidados de Hebe
Serviço
Exposição 'Hebe Eterna'
De 19/02/2019 a 02/06/2019
Terça a Sábado das 9h às 20h
Domingo das 9h às 19h
Farol Santander, 19º e 20º andar
Rua João Brícola, 24
Centro, São Paulo - SP
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08 de março - Dia Internacional da Mulher

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Dia da Mulher
Para mulheres com mais de 30
Arnaldo Jabor

Isto é para as mulheres de 30 anos pra cima…
E para todas aquelas que estão entrando nos 30, e para todas aquelas que estão com medo de entrar nos 30… E para homens que têm medo de meninas com mais de 30!!!
A medida que envelheço, e convivo com outras, valorizo mais as mulheres que estão acima dos 30. Estas são algumas razões do porquê:
Uma mulher de 30 nunca o acordará no meio da noite para perguntar: “O que você está pensando?” Ela não se importa com o que você pensa, mas se dispõe de coração se você tiver intenção de conversar.
Se a mulher de 30 não quer assistir ao jogo, ela não fica à sua volta resmungando. Ela faz alguma coisa que queira fazer. E, geralmente é alguma coisa bem mais interessante.
Uma mulher de 30 se conhece o suficiente para saber quem é, o que quer e quem quer. Poucas mulheres de 30 se incomodam com o que você pensa dela ou sobre o que ela está fazendo.
Mulheres dos 30 são honradas. Elas raramente brigam aos gritos com você durante a opera ou no meio de um restaurante caro. É claro, que se você merecer, elas não hesitarão em atirar em você, mas só se ainda sim elas acharem que poderão se safar impunes.
Uma mulher de 30 tem total confiança em si para apresentar-te para suas melhores amigas. Uma mulher mais nova com um homem, tende a ignorar mesmo sua melhor amiga porque ela não confia no cara com outra mulher. E falo por experiência própria. Não se fica com quem não confia, vivendo e aprendendo, né???
Mulheres se tornam psicanalistas quando envelhecem. Você nunca precisa confessar seus pecados para uma mulher de 30. Elas sempre sabem…
Uma mulher com mais de 30 fica linda usando batom vermelho. O mesmo não ocorre com mulheres mais jovens.
Mulheres mais velhas são diretas e honestas. Elas te dirão na cara se você for um idiota ou se você estiver agindo como um!
Você nunca precisa se preocupar onde se encaixa na vida dela. Basta agir como homem, e o resto deixe que ela faça.
Sim, nós admiramos as mulheres com mais de 30 por um “sem” números de razões.
Infelizmente, isso não é recíproco. Para cada mulher de mais de 30, estonteante, inteligente, bem apanhada e sexy, existe um careca, velho, pançudo, em calças amarelas bancando o bobo para uma garçonete de 22 anos.
Senhoras, EU PEÇO DESCULPAS:
Para todos os homens que dizem, “porque comprar uma vaca se você pode beber o leite de traça?”, aqui está a novidade para vocês:
Hoje em dia 80% das mulheres são contra o casamento, sabem por quê?
        Porque as mulheres perceberam que não vale a pena comprar um porco inteiro só para ter uma linguiça.
           Nada mais justo.


Caro Arnaldo Jabor, eu sei o porquê disso acontecer: quando buscamos por felicidade, a encontramos no chocolate.

Feliz Dia das Mulheres para todas as leitoras do 
blog "De Turista a Viajante",  
sejam elas chocólatras ou as raríssimas exceções.
Dia da Mulher

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Dia da Mulher
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Filme - Hebe, a estrela do Brasil

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Hebe Camargo

        Fomos visitar a exposição Hebe Eterna, no Farol Santander em São Paulo, o que só aguçou a curiosidade em saber mais e mais sobre essa mulher forte, guerreira e à frente de seu tempo. Uma mulher 'empoderada', antes mesmo do termo surgir.

Derci Gonçalves mostra o seio ao vivo

        O filme, com estreia prevista para agosto/2019, promete ser tão polêmico quanto foi a 'primeira dama da TV brasileira' e mostrar, além da conhecida coragem e irreverência, outras nuances desconhecidas do público. Quem encarna Hebe Camargo no cinema é Andréa Beltrão e o trailer divulgado no Dia da Mulher, mesmo dia em que Hebe estaria completando 90 anos, é de encher os olhos, inclusive pelos figurinos riquíssimos que também podem ser vistos na exposição Hebe Eterna.
Exposição Hebe Eterna
          Veja o trailer no final do post, mas antes dele leia uma crônica que Rita Lee escreveu em homenagem à Hebe Camargo e teve oportunidade de apresentar a ela. Que dádiva, não é mesmo?!

Eu devia ter uns nove anos de idade. Estava chegando da escola com uma nota zero no boletim quando me deparo com uma multidão a poucos metros da minha casa. No meio das pessoas, lá estava minha mãe excitadíssima me acenando: “Venha ver! Venha ver!”.
No caminhão estacionado no meio da rua, o conjunto regional tocava os primeiros acordes anunciando a presença da estrela da tarde e foi assim que ‘linda de viver’, Hebe Camargo, de cabelos castanhos, ondulados até os ombros e uma pinta marota no queixo, surgiu num vestido rodado bem anos 50 cantando toda brejeira o sucesso ‘Beijinho doce’.
No final de cada música, o povo emocionado gritava: ”Hebe! Hebe! Hebe!” Os comentários eram unânimes: “Só uma rainha pra cantar de graça.”, “Ela é bem mais bonita pessoalmente”, “Ah, se eu fosse Mazzaropi casava com ela!”, “Muito melhor que Marlene e Emilinha juntas!”.
Mas a noite chegou e sequestrou Hebe da minha rua. Fui dormir com a última música que ela cantou, adaptando a letra à minha fantasia:

“Se essa rua, se essa rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Com florzinhas, com florzinhas de brilhante
Para ver, para ver Hebe cantar”.



Sempre que vou ao programa dela me sinto a mesma menina de 9 anos diante da grande rainha da minha rua. Por isso, quando encontro Hebe pela frente, me ajoelho a seus pés. Não é encenação, nem puxação de saco. É para agradecer aquela tarde inesquecível que, entre outras benesses, fez minha mãe relevar a bela nota zero que tirei na escola.

Lindo texto, não é mesmo? Hebe se emocionou quando ouviu a leitura. Porém, bem menos do que imagino que os fãs ficarão emocionados ao assistirem ao filme. Estou aguardando ansiosamente. E vocês?



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Homenagem da Vila Isabel a Petropolis

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Museu Imperial

        Quem conhece Petrópolis certamente se encantou com o desfile de 2019 que a escola de samba Vila Isabel fez em homenagem à Cidade Imperial, local onde D. Pedro II passada a maior parte do ano e onde recebeu a notícia da Proclamação da República, o que culminou com a expulsão da família imperial do Brasil.

Última foto da família imperial no Brasil

          Quem não conhece ficou com uma pulguinha atrás da orelha, pensando em uma oportunidade para conhecer a 'cidade de Pedro', local onde fica o Museu Imperial, que foi a casa de verão da família, o Palácio Quitandinha, construído para ser o maior cassino da América Latina pouco antes do jogo ser proibido no Brasil, e  cidade onde a Princesa Isabel (que dá nome à escola de samba) assinou a Lei Áurea, que aboliu oficialmente a escravidão no Brasil, embora existissem pouquíssimos escravos em 1888, quando a lei foi assinada.
Carro alegórico em referência à Lei Àurea

           A escola ficou em 3º lugar no desfile de 2019. Vamos ao samba-enredo? As imagens deste post intercalam fotos reais de Petrópolis com a representação da cidade no desfile da Vila Isabel. Os links em palavras do samba-enredo, direcionam para 'saber mais' sobre os lugares mencionados. Passe o mouse sobre as imagens para ter informações sobre os locais retratados.

Em Nome do Pai, do Filho e dos Santos, 
a Vila Canta a Cidade de Pedro

Viva a princesa e o tambor que não se cala
É o canto do povo mais fiel
Ecoa meu samba no alto da serra
Na passarela, os herdeiros de Isabel

Casa onde viveu a Princesa Isabel, em Petrópolis

Vila, te empresto meu nome
Fonte de tanta nobreza
Por Deus e todos os santos
Honre a tua grandeza
E subindo, pertinho do céu
A névoa formava um véu
Lembrei de meu pai, minha fortaleza
Esculpida em pedras, pedros e coroados
Os seus guardiões, protetores de raro esplendor
Luar do imperador

Igreja de Petrópolis

Meu olhar lacrimejou
Em águas tão cristalinas
Uma cidade divina
Bordada em nobre metal, a joia imperial

Av. Koeler, em Petrópolis

Petrópolis nasce com ar de Versalhes
Adorna a imensidão
A luz assentou o dormente
Fez incandescente a imigração
No baile de cristal, o tom foi redentor
Em noite imortal, floresceu um novo dia
Liberdade, enfim, raiou

Escravos, na representação da Vila Isabel

Não vi a sorte voar ao sabor do cassino
Segundo o dom que teceu o destino
Meu sangue azul no branco desse pavilhão
O morro desce em prova de amor
Encontro da gratidão

Interior do Palácio Quitandinha, antigo cassino

Viva a princesa e o tambor que não se cala
É o canto do povo mais fiel
Ecoa meu samba no alto da serra
Na passarela, os herdeiros de Isabel

Cassino no desfile da Vila Isabel

          A seguir um pedacinho do desfile para aguçar ainda mais a vontade de conhecer Petrópolis. A cidade é linda, o clima agradável, lugar para ótimas compras, muita cerveja... tudo de bom. Visite!
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Hotel Unique - SP

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 Hotel Unique - SP

       Além da fama e do sucesso, o ator Harrison Ford, a cantora Demi Lovato, o estilista Calvin Klein e o surfista Kelly Slater têm em comum a preferência de hospedagem em São Paulo. Tanto eles quanto várias outras celebridades, elegem o Hotel Unique como o preferido para a estadia na capital paulista. 
Biblioteca do Hotel Unique

     A preferência é fácil de entender, pois trata-se do hotel mais premiado de São Paulo, entre outros títulos: o nº. 1 no ranking do TripAdvisor como o "Melhor Hotel de São Paulo"; prêmio Condé Nast Traveler (que avalia o turismo de luxo no mundo) como "Melhor Hotel da América do Sul", em 2016, além dos prêmios do Espaço de Eventos Unique com os títulos de "Melhor Hotel para Casamentos, Festas e Eventos Especiais" em 2016 e "Melhor Hotel para Reuniões ou Conferências" em 2017.
Projeto de Ruy Ohtake
          Esse cartão postal de São Paulo é um projeto arquitetônico de Ruy Ohtake, filho da artista plástica Tomie Ohtake (1913-2015), um ícone das artes brasileiras cujas obras colorem São Paulo e outras localidades: tapeçaria no auditório do Memorial da América Latina; escultura em homenagem as 100 anos da Imigração Japonesa, no aeroporto de Cumbica; Monumento ao Trabalhador, em Santo André; escultura do Emissário Submarino, em Santos, etc. Os parênteses aqui são apenas para justificar a origem da veia artística de Ruy Ohtake que projetou o esplêndido hotel em forma de barco inaugurado em 2002 e que, ainda hoje, continua a atrair olhares admirados com a ousadia e originalidade da construção elegante e contemporânea.
Obras de Tomie Ohtake

       Além da arquitetura, o que torna o hotel tão único que não poderia ter recebido outro nome, é o designer de João Armentano, o paisagismo de Gilberto Elkis, a gastronomia inovadora de seu restaurante Skye, considerado um dos mais charmosos do mundo, e o bar com seus drinks exclusivos que podem ser degustados mesmo por quem não se hospeda no Unique, já que é aberto ao público diariamente a partir das 18h . 
Interior do Hotel Unique

          Quem quiser experimentar o drink Skye High, com vodka de Vanilla, lichia e licor de laranja ou o Unique Watermelon, com licor e suco de melancia, ainda tem o bônus da vista maravilhosa (uma das mais bonitas da cidade) do último andar do hotel de onde se avista tanto o Parque do Ibirapuera quanto os prédios da Avenida Paulista. Para quem não consome álcool, a carta de sucos tem opções tentadoras com diferentes combinações de frutas e ervas.
Vista desde o Hotel Unique

      Uma diária no Hotel Unique custa entre R$1000 (com antecedência e em datas pouco concorridas) e R$2000 reais, para usufruir de todo o luxo e os mimos oferecidos, incluindo o menu de travesseiros (penas de ganso, aromáticos, antialérgicos, ortopédicos, em diferentes formatos e tamanhos) e amenities da marca italiana Acqua di Parma (shampoo, condicionador, loção corporal, sabonete líquido e em barra). E ainda a Unique Magazine com editoriais de moda produzidos nos espaços mais luxuosos do hotel, incluindo a suite presidencial. Acesse a edição online da Unique Magzine aqui.

Último andar do Hotel Unique

         Deu para entender o porquê do Hotel Unique estar no mesmo patamar dos melhores hotéis do mundo? Comparado aos luxuosos Baccarat Hotel em Nova York, Palazzo Versace em Dubai e Montage Beverly Hills em Los Angeles. Com tantos superlativos, o hotel em forma de barco tornou-se ponto turístico de São Paulo e passar por ele para algumas fotos, mesmo que apenas nas áreas coletivas, é um plus em qualquer city tour que busque mostrar o que São Paulo tem de melhor. Nós o visitamos com a Relax Turismo e o city tour está super indicado tanto para quem não conhece a capital de São Paulo quanto para quem quer descobrir novos encantos paulistas. 
Com o guia Napoleão, da Relax Turismo

Ficha técnica
Localização: São Paulo - SP
Área: 20.500,00 m² construída - 6.454,00 m² total
Número de pavimentos: 6 (no volume principal) – 95 apartamentos
Ano: 2000/2002
Projeto de Arquitetura: Ruy Ohtake
Projeto de Interiores: João Armentano
Projeto de Paisagismo: Gilberto Elkis
Bar no último andar do hotel

Endereço
Av. Brigadeiro Luiz Antonio, n.4700
Jardim Paulista - São Paulo - SP
Site: http://www.hotelunique.com.br/ 


Vista de SP
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Seu corpo na montanha-russa - Zeca Camargo

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             Preparando-se para viajar para a Orlando e montando seu roteiro de atrações nos parques Disney? Então o texto de Zeca Camargo lhe será bem útil.

Space Montain

Eu tenho medo. Mas eu vou. Desde criança. 
Falo do estranho fascínio que uma montanha-russa exerce na gente. Há uma certa ousadia no ato de entregar seu corpo a outras forças além da gravidade, e nas duas últimas semanas estourei minha cota (a de ousadia) até 2020. 
Estive nos parques da Disney, em Orlando, e andei em todas as montanhas-russas que eles têm: das mais “de criança”, como a da Mina dos Sete Anões, à assustadora Expedição Everest. E posso afirmar: meu corpo não é mais o mesmo depois dessas experiências.
A nova onda são as atrações que oferecem passeios virtuais. Para o estupendo Flight of Passage, que fica em Pandora, a área do parque Animal Kingdom que reproduz o filme “Avatar”, você enfrenta filas de até três horas para “voar” num banshee, aquele “pássaro” gigantesco em que os avatares voam na famosa produção de James Cameron, a maior bilheteria da história do cinema. Vale a pena a espera? Cada minuto! O voo é de fato vertiginoso, e você sente até o bicho “respirando” nas suas pernas. 

Test Track - Epcot

Na Mission: Space, que fica no Epcot, eu literalmente achei que iria desmaiar. Praticamente imóvel num simulador de voo, você sente suas bochechas esticarem na “decolagem” de um foguete para Marte. A pressão no peito deve ser bem próxima da que sentem os astronautas. Andar depois desse brinquedo é um reaprendizado.
E aí tem o Soarin’, também em Epcot, que faz você se sentir como numa gigantesca asa-delta sobrevoando os lugares mais incríveis do mundo. Tem até um rasante na torre Eiffel brilhando à noite que me fez chorar. Mais uma vez saí mexido da atração.
Mas todas essas, insisto, são experiências virtuais incríveis, extasiantes. Há quem aposte que esse é o futuro dos parques de diversões, e talvez seja mesmo. Só que aí eu entrava numa montanha-russa, das antigas mesmo, com carrinho rolando sobre trilhos duvidosos, e eu me lembrava o que era mesmo uma emoção.
Em tempos em que passamos tanto tempo com os olhos grudados numa tela de celular, um passeio que faz você se lembrar de que tem um corpo, e que ele, frágil e inerte que é, está sujeito forças muito maiores do que a gente imagina, andar, por exemplo, na Space Mountain, um dos brinquedos mais concorridos do Magic Kingdom, é um valioso lembrete de que estamos vivos.
Nela, assim como na Rock’n’roller Coasters (no parque Hollywood Studios), o trajeto quase todo no escuro te espera com curvas repentinas, agudas até. Além das descidas radicais e dos eventuais (e malditos!) loopings, que te deixam de cabeça para baixo. 

Rock’n’roller Coasters

Quando ainda era criança e andei pela primeira vez na Space Mountain, lembro que saí chorando. Hoje, essa mesma não me apavorou tanto, mas da Rock’n’roller, que, de bônus, ainda empresta as músicas do Aerosmith para o passeio, eu saí meio esquisito. 
Disfarcei meu choro com uma cortina de mau humor que fez todo mundo me estranhar por 20 minutos...
Todas as montanhas-russas têm algo de especial, projetado para tirar o seu corpo do sério. Na do Everest, a certa altura os trilhos “acabam”, e você tem que voltar de ré antes de partir para um mergulho abismal... 
E na minha favorita, a Slinky Dog, na área nova do Toy Story Land, baseada na maravilhosa trilogia homônima, uma pausa no meio do trajeto te engana: você acha que vai dar um tempo, mas o carrinho só para para pegar mais aceleração e... Go! Go! Go! —como está escrito nos arcos que você cruza em alta velocidade.
Quem conhece a Disney, ou mesmo quem já pesquisou  sobre o parque construindo o sonho de um dia ir até lá, talvez estranhe minha afirmação anterior: de que o Slinky Dog é minha montanha-russa favorita. Mesmo? Com tantas opções bem mais extremas? 
Se estou falando de corpos que se desestabilizam, existem opções bem mais intensas. Mas é que só essa que mexe com o seu eixo físico e também com o emocional. E para explicar isso eu vou precisar de outra coluna, daqui a duas semanas...
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Duas semanas depois...
- Disney traz à tona memórias alegres de viagens com a família na infância

Zeca Camargo na Disney

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Disney traz à tona memórias alegres de viagens com a família na infância
Zeca Camargo

Não é simples ser feliz num lugar onde todo o mundo fica torcendo para você ser feliz. Na Disney, mesmo que você entre nos parques com o pé esquerdo, num dia em que você acordou meio esquisito, tudo é feito para que você esbanje felicidade. 
E dá certo. A não ser que você pare para pensar no que está acontecendo... 
Magic Kingdom

Não fui de mau humor à Disney — pelo contrário. Passei adoráveis duas semanas trabalhando lá recentemente (como contei na última coluna) numa atmosfera de pura harmonia.
Fui literalmente todos os dias a pelo menos um dos quatro parques: Magic Kingdom, Epcot, Animal Kingdom e Hollywood Studios. Sim, tinha dias em que eu ia a dois.
Diverti-me, como era de se esperar, como uma criança. Mas, bombardeado por aquele “firewall” de alegria, a certa altura comecei a me perguntar se toda aquela felicidade à minha volta não era um pouco exagerada. 
Comecei a prestar atenção nas coisas que ouvia direto. “Tenha um ótimo dia”, por exemplo, é de praxe. 
Tristeza e Alegria, no Epcot

Todo o mundo que eu cruzava nos parques, porém, ia bem além nas nossas breves interações, dizendo coisas como: “Não é que você está com uma cara feliz hoje?”, “eu vejo que você está brilhando tanto quanto o sol lá em cima!”, “fizemos um bocado de coisas legais e positivas hoje, não fizemos?”, ou até mesmo —e esta eu tive de anotar para não me esquecer— “alguém com essa luz nos olhos só pode estar no melhor momento da sua vida aqui com a gente!”. 
Tudo um pouco estranho. Porém, esse é o clima. A gente aceita. 
Mas, quando a caixa de uma loja em Epcot quis saber o que eu tinha achado nas suas prateleiras que poderia ser a causa daquele sorriso no meu rosto, eu finalmente desconfiei. 
Será que eu estava mesmo tão feliz assim só de estar na Disney? E, em caso positivo, por que me sentia assim?
Eu precisei entrar numa galeria de arte, ali mesmo em Epcot, para começar a encontrar a resposta. 
Destoando das outras lojas, essa vendia gravuras e pinturas, sempre com os temas da Disney, mas que, ao contrário das mercadorias que você encontrava em toda esquina nos parques, custavam pequenas fortunas.
Lá eu vi, numa vitrine, uma pequena peça de metal reproduzindo um submarino com a inscrição “20 mil Léguas Submarinas” e tive aquele estalo! 
Lembrei-me da primeira vez em que visitei o parque, de uma atração com esse nome. Você submergia num submarino (hoje até meio tosco) a um nível bem raso, para conferir as “maravilhas do mundo do mar”: peixes e crustáceos mecânicos em baixo da água mexendo com a minha imaginação de criança.
Foi como se um compartimento da minha memória tivesse sido escancarado. 
Voltei para meados dos anos 1970 e me lembrei do meu pai apertando minha cintura numa montanha-russa como se a própria segurança do brinquedo não fosse suficiente para proteger seu filho das curvas. 
Do olhar da minha mãe, emocionada, no Small World —que está lá até hoje (cheguei até a mandar um vídeo para ela no WhatsApp, que, claro, a fez chorar). 
E, além da viagem submarina, vi claramente a imagem de meus irmãos, ainda menores que eu, rodopiando comigo nas xícaras do chá do Chapeleiro Maluco de “Alice no País das Maravilhas”...
E foi nessa lembrança espelhada na minha excitação de 2019 que encontrei a felicidade que eu estava sentido. 
Cada nova emoção que vivia em um dos brinquedos era, na verdade, um eco de um deslumbramento que eu mesmo havia experimentado décadas atrás. E aí estava a explicação genuína do sorriso impecável no meu rosto!
As pessoas que lá trabalham, genuinamente felizes, contagiadas por tantos outros sorrisos, não eram a causa real da minha alegria. 
Seus esforços quase automáticos de gerar felicidade eram uma boa tentativa de despertar aquilo em mim, mas minha satisfação —percebi então— vinha do meu próprio registro do que eu já tinha vivido lá. E de que eu nunca mais me esqueci.
A atração das “20 mil Léguas” já não existe mais. Fechou em meados dos anos 1990, como tantas outras substituídas por brinquedos ainda mais modernos e marcantes. 
         Mas, para esse cinquentão que voltava a abraçar toda aquela magia da Disney depois de um hiato de décadas, ela acabou sendo uma peça fundamental de um quebra-cabeças infinito chamado felicidade.
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Leia também:
- O inferno da Disney -  Fernanda Torres

Obelisco do Ibirapuera

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Obelisco do Ibirapuera
        Aos pés do Obelisco do Ibirapuera (o mais alto monumento da cidade, com 72m), tão facilmente visualizado por quem vai ao parque mais visitado de SP, fica o monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista, menos conhecido que outros espaços do Ibirapuera, porém, com enorme importância histórica. Não se trata de um museu e sim de um mausoléu, como o próprio nome informa. É um monumento funerário que guarda os restos mortais de quatro estudantes e de 713 ex-combatentes da Revolução Constitucionalistas de 1932. No Estado de São Paulo é feriado em 09 de julho, desde 1997 para manter viva a lembrança dos paulistas sobre a importância dessa revolução para a democracia do Brasil, ao resistir na revolta contra o governo de Getúlio Vargas e em prol de uma nova Constituição para o país.
Obelisco do Ibirapuera
    Se você mora ou já passou pelo Estado do São Paulo, certamente já se deparou com ruas e avenidas nomeadas como "9 de Julho" em lembrança à data. O Obelisco é mais uma das homenagem aos heróis de 32, um projeto do escultor ítalo-brasileiro Galileo Ugo Emendabili, com execução do engenheiro alemão radicado no Brasil, Ulrich Edler. A construção durou de 1947 a 1970 (embora a inauguração oficial tenha acontecido em 9 de julho de 1955). Um espaço de reflexão e de respeitoso silêncio, além de lugar para contemplar ricas obras de arte representando cenas bíblicas em pastilhas de mosaico veneziano e esculturas em mármore Traventino Romano, Carrara ou em bronze.
Obelisco do Ibirapuera
              O interior do monumento possui três capelas e 800 urnas funerárias. Em dezembro de 2014, o Obelisco do Ibirapuera foi reaberto para a população após doze anos fechado para reformas de hidráulica e acústica. Nesse período o mausoléu era aberto apenas em eventos especiais, por exemplo, as comemorações de 9 de julho.
Obelisco do Ibirapuera
   Além da beleza artística do mausoléu que remete a obras de pintura, escultura e literatura (mas frases gravadas em diversos pontos), o monumento é repleto de simbologia que enfatiza a revolução e a data que a homenageia.
     A soma dos algarismos da altura da obra (72 metros) totaliza nove (7+2). Também são nove os degraus na entrada. O gramado ao redor do Obelisco, possui uma área de 1932 metros quadrados e forma um coração onde está enfinco o obelisco, representando a espada que sagrou a vitória política, apesar da derrota militar dos paulistas.
Obelisco do Ibirapuera    A frase da fachada “Viveram pouco para morrer bem. Morreram jovens para viver sempre.” é uma homenagem aos quatro estudantes (Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo), cujas mortes foram o estopim da revolução e suas iniciais MMDC se tornaram o nome do movimento contra o presidente Getúlio Vargas.
         Por que visitar o Mausoléu?
- É uma homenagem dos paulistas aos heróis de 1932;
- Embora seja uma visita rápida, complementa o passeio no Parque do Ibirapuera;
- Abre às segundas-feiras e é a chance de conhecer um dos cartões postais de São Paulo, se você estiver passando pela cidade.

Serviço
Entrada gratuita
Diariamente a partir das 10h até o último visitante.
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n
Parque do Ibirapuera (portão 2) –  Vila Mariana – São Paulo – SP
Obelisco do Ibirapuera

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Exposição Mickey 90 anos

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“Só espero que nunca percamos de vista uma coisa — que tudo começou com um camundongo” (Walt Disney)

Mickey 90 anos
         O ratinho mais famoso do mundo completou 90 anos em 18 de novembro de 2018. A data refere-se ao lançamento do primeiro curta comercial com o personagem, intitulado de "O vapor Willie". A frase famosa de Walt Disney (acima) deixa transparecer que o sucesso imediato e duradouro foi surpresa até mesmo para seu criador.
Mickey 90 anos
       Talvez o sucesso tenha uma mãozinha da esposa de Walt Disney que sugeriu a troca do nome do personagem criado pelo marido de 'Mortimer' para 'Mickey Mouse' que, a meu ver, foi uma decisão muito acertada. Essa e outras curiosidades podem ser conhecidas na exposição "Mickey 90 anos", no shopping Iguatemi JK (SP), de 18 de janeiro a 21 de abril de 2019. Basta atravessar o túnel do tempo para voltar ao ano de criação (1928) e imergir na história do camundongo mais famoso do mundo.
Mickey 90 anos
     Por ter como foco um astro de animação infantil, a "Expo Mickey the True Original" é direcionada às crianças, porém, os adultos também se divertem bastante por lá. Pensando nos pequenos há muita interatividade e diversão como paredes recobertas por quadrinhos que podem ser pintados. Parece pouco? Pois as crianças amam! Afinal não é todo dia que elas têm paredes à disposição para serem rabiscadas e papais e mamães também aproveitam a deixa de 'ajudar' os filhos para registrarem sua passagem pela exposição.
Mickey 90 anos
           Gostei de tudo que vi por lá - e muito - principalmente que as fotos são liberadas e há cenários bem legais para se fotografar. Sou um tanto desconfiada de lugares onde as fotos são proibidas, me passam a impressão de que não podem ser divulgados para manter o interesse em conhecê-la, porém, quando a exposição é boa de verdade, quanto mais fotos espalhadas pelas redes sociais, mais público para visitá-la. Nesse quesito essa é perfeita, os ambientes para fotos são maravilhosos, embora um tantinho escuros.
Mickey 90 anos
             Entre as atividades interativas há papéis timbrados com o logo da exposição para a escrita de cartinhas. Eu trouxe alguns embora como recordação, mas a lembrança oficial da exposição é o certificado de membro oficial do Clube do Mickey que fiquei tensa achando que seria apenas para as 'crianças' menores de 40 anos, mas felizmente são para todos. 
Mickey 90 anos
          A “Exposição Mickey 90 anos” é patrocinada pelo Ministério da Cultura e pela Bradesco Seguros; é a primeira vez que o Brasil recebe uma exposição exclusiva para o ratinho. Os sorrisos de encantamento e os suspiros de admiração são comuns tanto a quem já visitou os parques Disney, quanto a quem o sonho ainda está em construção. Em ambos os casos não há como sair de lá sem uma vontade louca de pegar o primeiro avião para Orlando. Ah!!!
        A foto acima é de uma cabine onde se deita para assistir à animação Fantasia no teto, em forma de caleidoscópio - incrível, mas o ponto alto da exposição é a projeção da queima de fogos que acontece toda noite no Magic Kingdom, tinha gente chorando... de verdade. Ao meu lado, enquanto enxugava as lágrimas, uma mulher comentava com a amiga que achava que nunca mais iria aos parques da Disney, que uma visita na vida seria suficiente, mas estava saindo de lá já planejando mais uma visita a Orlando. Para finalizar, assim como em todas as atrações dos parques Disney, há uma lojinha com souvenires licenciados. Uma avaliação final? Eu daria todas as estrelas que explodem em forma de fogos de artifício no show de encerramento do Magic Kingdom.
Mickey 90anos
Serviço
Período: 18 de janeiro a 21 de abril
Local: Shopping Iguatemi JK, 3º piso
Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041 - Vila Olímpia - SP

Horários:
De terça a sexta-feira  - das 14h às 22 horas 
Sábados  - das 10h às 22 horas 
Domingos - das 11h às 21 horas 

Preços:
De terça a quinta-feira  R$35 (inteira), R$17,50 (meia)
De sexta a domingo R$45 (inteira), R$22,50 (meia)

* As filas são grandes, por isso, o ingresso antecipado é altamente recomendado e pode ser comprado pelo site Ingresso Rápido.
Mickey 90 anos
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